sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Lixo - Recicle


Cuide do planeta e, em casa, comece a separar o lixo orgânico do reciclável.
O problema do lixo é mundial e mobiliza estudiosos, governos e a população. O que fazer com a quantidade de resíduos produzidos pelo homem em nossa sociedade industrializada é um grande desafio para as gerações atuais e futuras, mas cada um de nós pode colaborar fazendo a sua parte.

Em primeiro lugar, começando a separar o lixo orgânico (restos de alimentos, cascas etc.) do reciclável (vidro, papel, plástico, metal) e enviando este último para cooperativas ou estações nas quais ele possa ser selecionado adequadamente e aproveitado.

Só no Brasil, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), são produzidas 140 mil toneladas de lixo por dia (de 500g a 1kg por pessoa). Por ano, o número chega a 90 milhões de toneladas. Segundo a especialista Ana Maria Luz*, de 35% a 38% deste material é potencialmente reciclável, mas para isso é necessário que as embalagens tenham algumas características.

Por exemplo: apesar de todo plástico ser reciclável e do isopor ser um tipo deste material, ele ainda não tem boa aceitação no mercado que recicla. "E mais: para que possa ser reutilizado , o isopor precisa estar limpo. Ou seja, aquelas bandejinhas com resíduos de sangue de carne e aves não são aproveitáveis", explica Ana Maria. A melhor opção nestes casos é tentar evitar comprar alimentos que venham nas práticas bandejinhas.

O que é importante você saber? Primeiramente, verifique se na sua rua ou condomínio existe um programa de coleta seletiva. Se não tiver, você pode entrar em contato com o Instituto Gea - www.institutogea.org.br - que orienta como implantar este tipo de projeto gratuitamente . Em diversas cidades, existem também outros locais de recebimento, como redes de supermercados, nos quais você pode levar o seu lixo separado e eles encaminham para a reciclagem.

Em sua casa, saiba que não é preciso higienizar com detergente as embalagens que serão destinadas ao lixo, basta tirar a maior parte da sujeira com a água que se está lavando a louça. "Para as embalagens muito sujas de comida, como as quentinhas, é melhor jogar no lixo comum do que utilizar muita água para limpá-las", diz ela.

Papéis sujos (como as embalagens usadas pelos restaurantes de comida chinesa), papel celofane e de bala, guardanapos, sacos de biscoito e salgadinhos também não precisam ser separados, pois eles não poderão ser reaproveitados.

Se na sua casa são usadas seringas (como as que os diabéticos utilizam para tomar insulina), o ideal é procurar uma farmácia ou hospital para descartá-las . Se não for possível, coloque-as no lixo comum embrulhadas, para evitar que o coletor de lixo entre em contato com elas. "Em qualquer caso, é importante lembrar que o lixo passará por muitas mãos, por isso é necessário cuidado na hora de jogar qualquer coisa fora".

Outro exemplo são as embalagens de produtos antimofo que, mesmo sendo em grande parte feitas de plástico, devem ser colocadas no lixo comum , pois contêm substâncias tóxicas que podem contaminar quem for mexer com elas na cooperativa de lixo.

Para facilitar , veja o que pode e o que não ser separado.

Separe:

  • Todo tipo de papel desde que esteja limpo (papel branco, papelão, embalagens, jornais, revistas, folhas de cadernos, envelopes, cartolinas, embalagens longa vida, extratos bancários, folhetos de propaganda).
  • Vidros, garrafas, potes, copos e cacos.
  • Plásticos em geral (saquinhos de lojas, tampas, embalagens de refrigerante, água, óleo, xampu, cremes, escova de dente).
  • Embalagens de metal (ferragens, latas, canos, tubos, fios, pregos, parafusos, panelas sem cabo).
  • Óleo de cozinha, desde que esteja em uma embalagem de plástico ou vidro bem tampada.

    Ponha no lixo comum:

  • Papel de fax, papel celofane, embalagens de papel sujas, papel higiênico, guardanapos, papel-carbono, embalagens sujas de pizza.
  • Vidros de janela, espelhos e cristais.
  • Hastes flexíveis, escova sanitária.
  • Tampinhas de metal sujas de iogurte, papel alumínio com restos de comida grudada, embalagens de bala, de salgadinhos e de biscoitos.

    *Ana Maria Luz, presidente do Instituto Gea Ética e Meio Ambiente - www.institutogea.org.br.
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